O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, começa a enfrentar desgaste no Palácio do Planalto. Nenhum integrante do governo Jair Bolsonaro critica o ex-juiz publicamente, mas porém nos bastidores a atuação dele é considerada isolada.
Além de ser atingido em cheio pela Vaza Jato, Moro tem sido criticado por não defender, com veemência, pautas do governo, como os decretos que flexibilizaram o acesso a armas de fogo. No Congresso, o pacote anticrime vem sendo desidratado e o próprio presidente Jair Bolsonaro pediu paciência ao subordinado.
O desgaste do ministro aumenta desde o dia 9 de junho, quando o site Intercept Brasil passou a divulgar troca de diálogos entre ele e procuradores da Operação Lava Jato.
De acordo com a série de reportagens, Moro interferiu no trabalho de membros do Ministério Público Federal (MPF-PR), ao negociar acordos de delação premiada e recomendar acréscimo de informações na elaboração de uma denúncia contra um investigado.
Moro também questionou a capacidade de uma procuradora de interrogar o ex-presidente Lula e sugerir a inversão da ordem das fases da operação, além de outras irregularidades.
Fonte: Brasil247