O todo ‘poderoso’ Carlos Braide comandou o Legislativo Estadual vindo a assumir o comando do Executivo no Maranhão
Cinco anos nos separam do rumoroso caso de Anajatuba, onde uma organização criminosa comandada pelo ex-deputado estadual Antônio Carlos Braide, lesou dezenas de milhões de reais daquela e de outras cidades. Uma quadrilha poderosa, mas acabou caindo nas malhas dos órgãos de controle e investigação, através da denúncia 28875/2015, formulada pelo procurador de Justiça Francisco Barros de Sousa.
O processo que está tramitando, dentro da conhecida lentidão do nosso Judiciário, ainda pode gerar graves consequências judiciais aos investigados. Dentre os 26 denunciados, está o ex-deputado Antônio Carlos Braide, pai do deputado federal Eduardo Braide (Podemos), que luta pare suceder ao prefeito Edivaldo, na prefeitura de São Luís.
Antônio Carlos Braide já foi figura poderosa no Maranhão. Cinco vezes eleito deputado estadual, foi presidente da Assembleia Legislativa e chegou a assumir, interinamente, o governo do Maranhão.
Depois que deixou o poder, teria se envolvido em histórias nada republicanas, como a de agiotagem, fraudes em licitações e outros atos criminosos. É de origem libanesa. Como todos sabem, historicamente, no Oriente Médio, o sistema é patriarcal. E seus descendentes mantém a mesma tradição mundo afora.
Temos um manancial de situações nada confortável para o ex-parlamentar maranhense, que vamos divulgar com dados obtidos junto às Justiças Estadual e Federal.
Antônio Carlos Braide foi denunciado pelos crimes de integrar organização criminosa em concurso com funcionário público; corrupção ativa; lavagem de dinheiro de forma reiterada e por intermédio de organização criminosa; fraudar licitação por dez vezes, em concurso material de crimes; constantes, respectivamente, do art. 2o, § 3º e § 4o, II, da Lei no 12.850/2013; art. 333, parágrafo único, do Código Penal; art. 1o, § 4o, da Lei no 9.613/1998; art. 90 da Lei no 8.666/93 (por dez vezes), c/c art. 69 do Código Penal.
Veja a relação dos denunciados pelo MP
Helder Aragão, prefeito na época, que é candidato ao mesmo cargo no pleito deste ano; Ednilson dos Santos Dutra; Álida Maria Menses Santos Sousa; Luís Fernando Costa Aragão; João Costa Filho; Georgina Ribeiro Machado; Francisco Marcone Freire Machado; Francisco Diony Soares da Silva; Antonio Carlos Muniz Cantanhede: Marcelo Santos Bogéa: Domingos Albino Beserra Sampaio; Antonio José Fernando Júnior Batista: Fabiano de Carvalho Bezerra: Antonio Carlos Braide; Hilton José Paiva dos Reis; Glauco Mesquita de Oliveira: José Antonio Machado de Brito Filho: Anilson Araújo Rodrigues; Ginaldo Marques da Silva; Franklin Bey Freitas Ferreira; Marcelo Alexandre Silva Ribeiro; José de Ribamar Costa Moura; Matilde Sodré Coqueiro; Natacha Alves Lesche; Diego Fabrício Silba Barbosa e Maina Maciel Mendonça. A partir de hoje, estaremos iniciando uma série de matérias que ir detalhar, com riqueza de detalhes, o modus operanti que o bando agia com o fito propósito de saquear os cofres públicos.
Contra alguns dos citados acima, a denúncia não foi recebida. No entanto, os detalhes desse caso serão revelados nas próximas matérias. Aguardem!