Com o retorno das aulas marcado para o dia 20 de março de 2023, tudo indica que a pauta que dominará os debates e atividades acadêmicas será as eleições que, segundo informação apurada, deverá ocorrer entre o final de junho e começo de julho.
As eleições para reitor e vice-reitor na UFMA prometem semestre agitado. Com o retorno das aulas marcado para o dia 20 de março de 2023, tudo indica que a pauta que dominará os debates e atividades acadêmicas será as eleições que, segundo informação apurada, deverá ocorrer entre o final de junho e começo de julho.
A última publicação até aqui, muitas mudanças ocorreram no cenário político interno. Tinha-se, naquele momento, uma polarização política entre as candidaturas dos professores Fernando Carvalho – candidatura do reitor Natalino Salgado – e as duas alternativas expressas nas candidaturas dos professores Ridvan Fernandes e Isabel Ibarra.
Após semanas intensas de articulações políticas e debates entre lideranças políticas, o professor Ridvan Fernandes se retirou da autodenominada “Frente Ampla”. Isso criou um impasse no campo oposicionista, pois com a impossibilidade de uma unidade na “oposição”, Fernando Carvalho consolidou-se ainda mais como favorito nas eleições, sobretudo após apoio do professor Allan Kardec. Todavia, a surpresa foi que com a retirada da “Frente Ampla”, o professor Ridvan Fernandes fez um movimento de aliança com o professor Luciano Façanha.
O cenário agora pode ser apresentado da seguinte maneira:
1) Fernando Carvalho é favorito nas eleições. Mesmo sendo considerando um candidato “pesado”, é apoiado pelo prestígio e poder do reitor Natalino Salgado. Além disso, o apoio do professor Allan Kardec – principal liderança da “oposição” na UFMA –, consolida o amplo favoritismo de Fernando Carvalho. As principais candidaturas à vice-reitoria, Leonardo Soares e Zefinha Bentivi, fazem parte do campo da situação, mesmo com diferenças e apoios de outros setores da universidade. Apuramos que se trata de candidato preferido do PT, PSB e PC do B, o que consolidaria uma articulação política com os governos Brandão e Lula;
2) Luciano Façanha aparece como o grande oposicionista à candidatura da reitoria. Tem o recall das últimas eleições que ficou em segundo lugar na consulta para vice-reitoria. Além disso, foi eleito para a direção do Centro de Ciências Humanas da UFMA. Eleição, diga-se de passagem, que contou com apoio do reitor Natalino Salgado para vencê-la. Sua principal força parece estar na composição com diversos setores da oposição mais orgânica, tendo o professor Ridvan Fernandes como candidato à vice e com apoios importantes de lideranças da APRUMA – Associação dos Professores da UFMA. Seu principal desafio é se consolidar como um nome de oposição. Nestas eleições, não terá espaço para ficar em cima do muro. Ou se é oposição ou se é situação;
3) Isabel Ibarra pode ser tratada hoje como terceira força. Tudo indica que corre por fora. Não conseguiu articular a oposição em torno do seu nome e projeto político. Há desconfianças e negações de diversos setores da universidade. Ela foi pessoa de confiança do reitor Natalino Salgado por mais de 10 anos. Apuramos que ela não consegue se viabilizar como discurso de oposição e terá uma candidatura marcada por fortes contradições;
4) No que diz respeito à disputa eleitoral para vice-reitoria, a polarização deverá ficar mesmo entre a professora Zefinha Bentivi e o professor Leonardo Soares. A primeira tenta se viabilizar “colada” no prestígio do reitor Natalino Salgado. O segundo tenta construir seu nome como alguém que pode representar a nova geração e o futuro da universidade. Apuramos que não será surpresa uma eventual vitória do professor Leonardo Soares. Mas a UFMA é um ambiente tradicional. O inverso também não é improvável. O professor Ridvan Fernandes corre por fora. Seu desempenho nas urnas depende da capacidade da candidatura do professor Luciano Façanha ganhar corpo, ao mesmo tempo dele conseguir conquistar a confiança da comunidade. É hoje bem improvável que tenhamos reitor eleito da situação e vice-reitor da oposição. Aposta-se mais ou numa vitória completa da situação, ou na vitória para reitor e vice-reitor da oposição, embora como já adiantamos, a primeira hipótese parece ser mais plausível. A conferir.
Via Assessoria