Em respeito à comunidade acadêmica e com o objetivo de repor a verdade dos fatos deturpada por discurso oportunista de campanha da candidata à reitoria da UFMA, professora Isabel Ibarra, eu, Sonia Maria Corrêa Pereira Mugschl (Sonia Almeida), tenho a esclarecer o que segue.
Em vídeo e nota de repúdio, ambos publicados nas redes sociais, em 1.7.2023, a referida candidata se declara “vítima de xenofobia”, atacada que teria sido por outra professora, em reunião do Colegiado do Curso de Turismo do Centro de Ciências de São Bernardo, por ela identificada como “do Departamento de Letras da UFMA e Assessora do Reitor”.
Cabe esclarecer que é uma acusação leviana, bem própria da ausência de argumentos diante da verdade que expus ao Colegiado do Curso de Turismo de São Bernardo, sobre o processo de implantação das Licenciaturas Interdisciplinares, não condizente com as narrativas que a candidata acabara de expor.
Causaram ímpeto de vitimização da candidata, ex-pró-reitora de Ensino, as ressalvas feitas por mim, ao dar relevância à sua retórica de ocasião, estratégia por ela adotada há pouco mais de cinco meses, forjando um discurso sem a historicidade que condiciona o crédito.
Causou ímpeto de vitimização também da candidata o fato de eu ter enumerado outras incoerências que descredibilizam seu discurso: a negação do seu próprio trabalho nos últimos 12 anos. Porque a candidata assistiu de perto ao processo de reconstrução, atualização e inovação da UFMA, nos três períodos de gestão do reitor Natalino Salgado, e agora é contra todo o empenho que testemunhou. O desacato à autoridade máxima de nossa instituição e sua tentativa de matar, em um piscar de olhos, o perfil de um trabalho admirável à vista de todos, por sede de poder, como se isso fosse possível. Parece desconhecer que as astúcias discursivas forjadas não vingam.
A história comprova que Isabel Ibarra não sofreu nenhum ataque xenofóbico desde que aqui chegou, transferida da Universidade Federal de Goiás. Veio para acompanhar a família, não para se refugiar. Foi diretora do Departamento de Ensino de Graduação, quando eu fui pró-reitora de ensino. Sairíamos juntas da PROEN, para implementarmos o Programa Cidade fora do burburinho político-administrativo, tendo ela sido a grande incentivadora para que eu deixasse o cargo.
Porém, permaneceu por mais 12 anos e, durante todo esse tempo, desconheceu as ações planejadas para a melhoria da qualidade do ensino de graduação.
Por fim, quem assistir à gravação da reunião, vai constatar que, em nenhum momento, foi feita menção à nacionalidade da candidata, nem à sua condição de estrangeira. Pelo contrário, a candidata se declarou vítima de ataques xenofóbicos nos dois primeiros anos de gestão, logo no início de sua chegada a São Luís. Não tem, finalmente, a menor possibilidade de ressonância a acusação de xenofobia para uma brasileira que é casada com o austríaco Otto Mugschl, há 16 anos, e ainda pesquisa sobre língua de herança, com um razoável lastro de contatos com estrangeiros que participam desses ensaios de pesquisa, muitos já publicados.
SONIA MUGSCHL [SONIA ALMEIDA]
PROFESSORA TITULAR DO DEPARTAMENTO DE LETRAS/ DOUTORA EM EDUCAÇÃO/
MEMBRO DA AML/ ASSESSORA DO REITOR