A federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) emitiu nota de repúdio à tentativa do candidato a prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), em censurar a imprensa maranhense sobre o episódio que ficou conhecido como “covidão”, no que é classificado como Lei da Rolha, sobre as interpretações da Justiça Eleitoral sobre qualquer notícia ser classificada como “propaganda negativa”.
O episódio decorre de uma denúncia que está sendo investigada pela Polícia Federal sobre suposto desvio de recursos públicos de cerca de R$ 2 milhões na compra de máscaras e equipamentos de proteção contra o coronavírs. Os recursos são provenientes de emendas do deputado Eduardo Braide, destinados aos municípios de Icatu e Santa Rita.
Leia na íntegra a nota:
Como sempre acontece em períodos pré-eleitorais, já se iniciaram as intimidações contra os comunicadores, de forma a prevalecer , de forma velada, a LEI DA ROLHA, com a judicialização de qualquer publicação que vá de encontro aos interesses políticos dos grupos.
A primeira vítima de que se tem conhecimento foi o jornalista Raimundo Garrone, que no seu blog fez uma denúncia contra um gestor municipal que teria aplicado de forma estrábica, recursos oriundos de emendas direcionadas por um parlamentar, então pretenso candidato à Prefeitura de São Luís. Foi processado, acusado de praticar propaganda negativa contra o parlamentar que ainda não tinha candidatura oficializada. E a denúncia não foi contra o pretenso candidato, que foi citado apenas como o autor das emendas, sem qualquer participação na destinação dada aos recursos.
Outros jornalistas também deverão sofrer este mesmo tipo de pressão, o que repudiamos com veemência, visto que as atitudes de intimidação e até condenações ao pagamento de multas e outras sanções, não contribuirão com democracia e liberdade de expressão.
A DIRETORIA