O caso mencionado envolve uma idosa de São Luís Gonzaga do Maranhão, beneficiária do INSS, que foi vítima de descontos indevidos em sua aposentadoria realizados por sindicatos e associações, especificamente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG). Segundo as informações, ela teve mais de R$ 1.500,00 descontados irregularmente de seus benefícios.
A CONTAG e outras entidades teriam feito cobranças não autorizadas na folha de pagamento de aposentados do INSS, prática que já foi alvo de investigações anteriores em outros casos. A idosa ingressou com um processo contra a CONTAG, o que levou as autoridades a abrirem uma investigação sobre essas supostas irregularidades.
A Polícia Federal (PF) agora vai apurar se essas entidades participaram de esquemas de financiamento ilegal nas eleições de 2024, beneficiando candidatos com recursos obtidos por meio desses descontos indevidos.
É comum que sindicatos e associações tenham autorização para descontar contribuições diretamente da folha de pagamento de filiados, mas há casos em que esses descontos são feitos sem consentimento ou de forma abusiva. Se comprovado que esses recursos foram direcionados para campanhas eleitorais, isso poderia configurar crime eleitoral e desvio de finalidade das contribuições sindicais.
A PF deve apurar se houve fraude, estelionato ou apropriação indébita por parte das entidades.
Se houver indícios de uso ilegal de recursos em campanhas, o caso pode ser encaminhado ao Ministério Público Eleitoral (MPE) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Outros beneficiários do INSS podem ser ouvidos para verificar se também foram vítimas de descontos irregulares.
Esse caso reforça a importância de os aposentados verificarem regularmente seus extratos do INSS e contestarem cobranças não autorizadas. Além disso, pode levar a uma fiscalização mais rígida sobre a atuação de sindicatos e associações junto aos beneficiários da Previdência Social.