Caso qualquer cidadão, pela via judicial, resolva questionar a permanência para o cargo para qual foi eleita, Esmenia Miranda (PSD) poderá ser a primeira vítima do staff de juristas escolhidos pelo prefeito Eduardo Braide (Podemos) para auxiliá-lo na difícil missão de gerenciar a capital maranhense.
Além da falta de experiência em gestão pública, depois de permitir que a vice assumisse a titularidade da Secretaria Municipal de Educação, mesmo sem a autorização legislativa, ferindo, assim, a Lei Orgânica do Município, os renomados juristas, advindos de famílias tradicionais e abastadas, não param de fazer lambanças, demonstrando que na academia faltaram boa parte das aulas de Direito Administrativo, incluso no pacote o prefeito.
Não satisfeitos com tamanha imperícia, o secretário de Governo, Eneas Fernandes, além do próprio procurador geral do Município, Bruno Duailibe, o dream time de advogados vem comentando ações que falseiam as publicações no Diário Oficial do Município com intuito de maquiar os atos administrativos que, além de ferir a legalidade, ratificam o despreparo.
No caso da vice, além de uma cessão de direito de bem público móvel assinada no dia 18 de janeiro com Joel Nunes, titular da Semus, da exoneração a pedido publicada no DOM do dia 15, com a data do dia 14, uma matéria publicada no site do Sindicato de Educação do Município -Sindeducacao reforça que Esmenia Miranda ficou afastada do cargo de vice-prefeita por mais de 15 dias, estando na Semed precisamente por 19 dias, o que por si só, caso haja questionamento juidicial, pode colocá-la nos anais políticos em São Luís.
Nesses poucos dias de gestão, uma coisa tem ficado bem clara em relação ao procurador geral do município, Bruno Duailibe: não foi o conhecimento técnico que pesou na escolha de Eduardo Braide já que até agora a impressão que temos é que o procurador faltou todas as aulas de Direito Administrativo enquanto cursava a graduação.
Além da amizade pessoal com o prefeito, o fato de ser genro dos empresários Teresa e Fernando Sarney foram fatores decisivos na escolha do procurador, já que as gafes jurídicas cometidas evidenciam exatamente um grave detalhe: o pouco conhecimento.